Escrito pelo estudante - Nícolas Garcia Madruga Nunes
No pensamento de Augusto Comte, as divindades, o sobrenatural e o espitirual deveriam ser abolidos para que houvesse um progresso na humanidade.
Em contra ponto, há a religião, que faz com que várias pessoas possam se alicerçar em um ser superior, que pode ser um Deus, forças da Terra, entre outras divindades, perceber-se que as duas visões se divergem, dividindo o pensamento em saber qual seria a corrente correta.
É perceptível que a verdade não é absoluta pelo fato de que, a ciência se renova a cada ano, várias ideias que eram aceitas na época medieval, foram descomprovadas na atualidade.
Nesse entendimento, percebe-se que a religião faz um papel crucial na sociedade, pelo ponto de que, a religião serve de preenchimento do vazio interno que muitos da população se encontram, no nilismo, Friedrich Nietzsche, explana que Deus era o preenchimento do vazio, porém, muitos se confudem quando Nietzsche fala:
"Deus está morto! Deus continua morto! E nós matamos ele" - Nietzsche
Ele não descarta a divindade, mas sim, entendia a importância de Deus para a humanidade que acreditava nele, um vazio interno que era preenchido por um ser que divino que dita o que é moral e o que não é, de forma sobrenatural. Com essa afirmação, no momento que entra a ciência no discurso, a possibilidade de ter uma divindade que comanda o universo é questionada.
"Se Deus não existe, tudo é permitido?" -Fiódor Dostoiévski
Este é o questionamento mais feito quando se fala sobre a não existência de Deus, mas a crença em Deus não desdem as guerras, os roubos ou as atitudes consideradas imorais, tanto que várias guerras foram feitas em nome da religião, então se descarta a visão de que Deus é a paz da humanidade.
"A existência precede a essência" - Sartre
Entretanto, Satre diz que o existencialismo se sobre sai ao essencialismo, desateibuindo as características e propósitos de Deus inerentes ao ser, pois acreditasse que o ser humano, com sua liberdade, constrói o seu propósito. Com isso, também há uma condenação, conforme Sarltre:
"O homem está condenado a ser livre, condenado porque ele não criou a si, e ainda assim é livre. Pois tão logo é atirado ao mundo, torna-se responsável por tudo que faz"
-Sartre
Já o Kierkegaard, filósofo cristão, criador do existencialismo cristão, entendia que a razão de viver é vinda de Deus, e não atravéz da razão.
Em oposição as ideia anteriores, Albert Comus traz uma visão do absurdismo:
"Procurar o que é verdadeiro, não é procurar o que é desejável"
- Albert Comus
Neste contexto, é entendível que busca pela razão da vida ou do progresso, é só um mero esforço para com tudo, o ato de viver já é tudo, assim a busca do viver é somente uma procura sem fim.
Com tudo que foi abordado, o encaixe com o positivismo é, a busca pela nossa essência e o nosso progresso estão intrinsecamente ligados a busca de encontrar o preenchimento do nosso "eu", sendo assim, muitas pessoas encontram esse preenchimento na religião espiritual e muitos acham isso na ciência e na razão, não se pode condenar ninguém por essa busca, contanto que não afete direta ou indiretamente a outra pessoa, como Sartre abordou, fomos condenados a sermos livres, a religião e a ciência não andam lado a lado, mas as duas desemprenham um papel crucial na sociedade atual, onde há a necessidade de haver a busca por meio da fé para evolução pessoal, da forma que a pessoa se sinta melhor, tanto com a ciência que faz o avanço tecnológico por meio da razão, não pode-se descartar a religião, tão quanto não deve-se descartar a ciência, desta forma, a sociedade necessita procurar o equilíbrio entre a ciência e a religião.
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Nícolas Garcia Madruga Nunes é estudante do Ensino Médio Integral Técnico cursando técnico de segurança do trabalho, na Escola Adelaide Konder, atualmente está no terceiro ano.
Legal, achei bem interessante
As pessoas realmente precisam dessa busca infinita pra se fortalecer na luta diária pela vida.
Abordagem muito interessante.
Parabéns Nicolas.